Sintomas respiratórios: Sinimbu, Gramado Xavier, Herveiras e Vale do Sol integram estudo

Foto: Cisvale/Divulgação

O Consórcio Intermunicipal dos Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) apresentou nesta terça-feira (12), uma amostra do estudo que visa identificar a real evolução da pandemia do novo coronavírus na região. A primeira fase da análise consistiu em observar os atendimentos de pessoas com sintomas respiratórios por todas as causas em 15 municípios do Vale do Rio Pardo (14 consorciados ao Cisvale e Encruzilhada do Sul), entre os dias 19 de abril e 9 de maio, a partir de dados encaminhados pelas secretarias de Saúde de cada município.

O material, que contou com a supervisão do médico infectologista Marcelo Carneiro, mostrou uma queda no número de atendimentos durante as três semanas analisadas. “Isto é resultado de ações que os municípios tomaram ao longo dessas semanas. Também é um sinal de que as condutas de liberação da economia e do comércio não repercutiram no aumento do número de casos, o que deixa a região ainda numa situação confortável”, comentou o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares.

Segundo ele, a continuidade do estudo e da avaliação dos sintomáticos por semanas vai auxiliar a prever situações mais complexas e de alerta, caso elas ocorram. De acordo com o infectologista Marcelo Carneiro, a análise dos dados também demonstrou que os municípios do Vale do Rio Pardo se comportam de maneira muito semelhante. “Se há um aumento de atendimentos na cidade A, aumenta na cidade B. Na sua proporção, a região tem um comportamento muito parecido. Se uma cidade tiver o aumento de atendimentos, possivelmente todas terão”, complementou Carneiro.

Para o infectologista, em virtude da queda na temperatura e a possibilidade de mais pessoas contraírem problemas respiratório, a análise dos dados desta semana será de fundamental importância para os resultados do estudo. “A continuidade da análise vai dar mais segurança para a tomada de decisões. A cada semana os resultados serão ainda mais fortalecidos e, a partir daí, conseguiremos disponibilizar algumas condutas e ter respostas do que está sendo feito e de como a população está se comportando”, ampliou.

Foto: Cisvale/Divulgação

Fase de aplicação dos testes

Após analisar os atendimentos de pessoas com sintomas respiratórios, a segunda fase do estudo ocorrerá com a aplicação de testes rápidos na população. 5 mil kits do material foram adquiridos pelo Cisvale para serem utilizados em uma pesquisa, que irá apurar a realidade da pandemia do novo coronavírus no Vale do Rio Pardo.

Segundo informações da empresa vencedora da licitação por meio de pregão eletrônico, a chegada dos testes no Brasil está prevista para a próxima segunda-feira, 18. “A forma de distribuição dos 5 mil kits entre os 14 municípios consorciados seguirá o fator populacional. A pesquisa tem previsão de início para o mês de junho, e está aguardando a aprovação na Plataforma Brasil, base nacional e unificada de registros de pesquisas envolvendo seres humanos”, ressaltou o presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares. “É um estudo de soroprevalência que vai complementar os dados que já possuímos, dando o real número de pessoas infectadas na região, como isso vai repercutir num futuro próximo e como estamos nos encaminhando ao achatamento da curva, que possivelmente começou a acontecer na nossa região”, finalizou Marcelo Carneiro.

Foto: Cisvale/Divulgação