Prefeitos da região debatem retorno das aulas presenciais

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Em encontro virtual nesta quinta-feira (29), os prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) debateram a decisão do governo do Estado de apenas liberar pequenos eventos em municípios que autorizarem o retorno das aulas. Prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge relatou a reunião da Famurs ocorrida no dia anterior sobre o mesmo tema. “Em votação, a maioria dos presidentes das regionais foi contra o retorno das atividades presenciais nas escolas públicas e entendeu que os gestores têm autonomia para decidir sobre a liberação de eventos em seus municípios. A Famurs ainda se posicionou que não é o momento mais seguro para a volta das aulas, as prefeituras terão dificuldades para atender os protocolos no transporte escolar e as instituições de ensino não estão preparadas”, disse Butzge.

O presidente da Amvarp ainda afirmou que a Famurs irá agendar uma reunião com o Ministério Público Estadual para debater as dificuldades do retorno das aulas, o condicionamento da liberação de eventos e a posição do órgão a respeito do tema.

Presente na reunião, o prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Cassio Nunes Soares, afirmou que o município não irá liberar o retorno das atividades presenciais. “Muito alunos precisam de transporte escolar para se deslocarem, e hoje não temos como viabilizar com toda a segurança necessária. São pelo menos 2,5 mil pessoas circulando, tendo contato uns com os outros. Podem ocorrer algumas atividades para os servidores e também uma atenção maior aos alunos que necessitarem, mas o retorno total não tem como flexibilizar, afirmou Soares.

O prefeito de Mato Leitão, Carlos Bohn, disse que o município já está em processo de retomada parcial das atividades presenciais. “Temos apenas uma escola estadual, a Ponche Verde, e tanto nesta como nas municipais, estamos trabalhando com o controle de distanciamento, assim como revezando a frequência dos alunos”, salientou. “A flexibilização e retorno das atividades presenciais nas escolas particulares não aumentaram o contágio da população em idade escolar em comparação com os índices anteriores, que eram maiores no período de isolamento social. Muitos alunos entraram em contato com o vírus quando estavam em casa. Os gestores podem acompanhar todos os dados técnicos e tomarem suas decisões. Mas eu diria que não há problema algum em voltar se for mantido o distanciamento controlado e todas as medidas de prevenção e controle”, disse o médico.