RS tem uma das menores taxas médias de desemprego em 2019, diz IBGE.
A taxa de desocupação do Brasil no 4º trimestre de 2019 foi de 11%, caindo 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre de julho-setembro (11,8%). Conforme dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul tem uma das menores taxas médias anuais de desemprego, com 8%, assim como os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Esses três territórios só perdem para Santa Catarina, com 6,1%.
Segundo o IBGE, considerando-se as variações mais significativas na comparação do 4º trimestre com os três meses anteriores, o índice de desemprego caiu em nove das 27 unidades da federação. O Rio Grande do Sul, com 7,1%, teve queda de -1,7 p.p., a exemplo do Paraná. O registro no sentido de redução também apareceu nos estados do Maranhão (-2,0 p.p.), Pará (-2,0 p.p.), Alagoas (-1.8 p.p.), Pernambuco (-1,8 p.p.), Mato Grosso (-1,6 p.p.), Ceará (-1,2 p.p.) e Rio de Janeiro (-0,8 p.p.).
A pesquisa do IBGE também mostrou que no 4º trimestre de 2019, no Brasil, a taxa composta de subutilização da força de trabalho – o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada – foi de 23%. O estado gaúcho está entre os territórios que apresentaram a menor taxa, com 14,6%, perdendo apenas para Santa Catarina (10,2%) e Mato Grosso (12,9%).
De acordo com o levantamento divulgado hoje, o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 74% do total de empregados no setor privado do país. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,7%), Paraná (81,2%) e Rio Grande do Sul (80,7%) e os menores, no Maranhão (47,2%), Piauí (52,5%) e Pará (52,6%).
Homens e mulheres
A taxa de desocupação no Brasil, no 4° trimestre de 2019, foi de 11,0%, mas com diferenças significativas entre homens (9,2%) e mulheres (13,1%). Taxas mais elevadas entre as mulheres foram observadas em todas as grandes regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,7%) tanto em todas as regiões.
O percentual de mulheres na população desocupada no 4º trimestre de 2019 foi de 53,8%. Entre as Grandes Regiões, observou-se também o predomínio feminino, com destaque para o Centro-Oeste (55,8%).
No 4º trimestre de 2019, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 65,0% e o das mulheres, em 46,2%. O comportamento deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (23,9 p.p), e Sul, com a menor diferença (17,1 p.p).
Desemprego entre pretos e pardos supera média nacional
No 4° trimestre de 2019, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos (8,7%) ficou abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (13,5%) e a dos pardos (12,6%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a 9,1% e a dos brancos era 6,6%.
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi estimado em 7,6 milhões de pessoas; quando os pardos representavam 48,9% dessa população, seguido dos brancos (40,2%) e dos pretos (10,2%). No 4º trimestre de 2019, esse contingente subiu para 11,6 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 51,8%; a dos brancos reduziu para 34,2% e dos pretos subiu para 13,0%.