Égua da cavalaria da Brigada Militar morre em policiamento de jogo em Porto Alegre
Uma égua do 4º Regimento de Polícia Montada (RPMon) da Brigada Militar de Porto Alegre morreu durante serviço, instantes antes do início do policiamento da partida entre o Internacional e o Tolima, na noite desta quarta-feira (26), pela Libertadores, no Estádio Beira Rio.
Batizada de Justiceira, a égua tinha 19 anos, e a causa da morte é investigada, conforme o comandante do 4ª RPMon, major Luiz Felipe Medeiros dos Santos.
“Ela se alimentou normalmente, embarcou no caminhão normalmente, sem apresentar nenhum desconforto visível. Ela desceu do caminhão, andou alguns metros e caiu ao solo”, descreve Medeiros. O quartel conta com assistência de veterinários e os animais têm a saúde monitorada diariamente.
Os animais da cavalaria da Brigada trabalham em média por 20 anos, explica o major. Justiceira nasceu na fazenda da Brigada, em Santa Maria, e estava em serviço há cerca de 14 anos.
A égua foi levada de volta ao quartel. Até a noite de quarta, o corpo era avaliado pelo veterinário, para tentar descobrir a causa da morte.
A morte do animal causou comoção entre os soldados. Até cerca de um mês atrás, ela trabalhava com um integrante da Brigada que se aposentou. Desde então, ia às ruas com o tenente Elton Luiz Guimarães Fanfa. “A gente fica entristecido por causa da perda do animal que nos protege e nos conduz”, disse ele, ao G1.
Para o comandante do batalhão, a relação entre os cavalos e os brigadianos é comparável ao relacionamento com bichos de estimação.
A morte de animais durante serviço não é corriqueira, conforme o comandante. “Trabalho na cavalaria há anos, e vi só duas situações. Uma há muitos anos no Parque Farroupilha, um animal foi vítima de descarga elétrica. E a segunda foi agora”, diz. O RPMon conta com 107 animais, segundo o comandante.
Após a avaliação do veterinário, Justiceira será enterrada pela Brigada Militar.