FETAG-RS cobra mudança de postura das fumageiras
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS), manifestou preocupação com a situação atual da fumicultura gaúcha, especialmente em relação a política de comercialização adotada pelas empresas fumageiras. “A postura das empresas é inadmissível diante do cenário que estamos vivenciando, onde os produtores, que já tiveram inúmeras perdas na produção devido as intempéries climáticas (excesso de chuvas e seca), além das dificuldades na comercialização devido a pandemia do COVID-19, agora sofrem com o rigor na classificação, causando perdas ainda maiores na lucratividade”, enfatiza a nota divulgada pela entidade. “Não há uma justificativa para esta ação das empresas, tendo em vista que 80 % do tabaco produzido é exportado e o valor do dólar está próximo aos R$ 6”, completa.
Outro ponto que preocupa a FETAG-RS é o corte de produtores que vem sendo realizado, impactando a cadeia produtiva. De acordo com a federação, as entidades são contrárias a redução de famílias produtoras para o aumento de área plantada. “Além disso, as empresas estão desrespeitando as regras estabelecidas no Fórum Nacional da Integração do Tabaco – FONIAGRO – durante as negociações de preço, o que tem fragilizado o sistema Integrado do Tabaco, construído ao longo de anos e que serve de referência para as demais cadeias produtivas”, acrescenta. “Diante disso, a FETAG-RS e sua Comissão Estadual do Fumo estão cobrando uma mudança de postura das empresas, tanto na comercialização quanto na política que envolve todo o setor fumageiro”, finaliza.