Para possibilitar retorno das aulas presenciais, região entra com recurso contra bandeira vermelha
Na 18ª rodada de atualização do modelo de distanciamento controlado, divulgada nessa sexta-feira (4), o Vale do Rio Pardo voltou a ser classificado com a bandeira vermelha. Como a região adota a cogestão, seguem as regras da cor laranja. Entretanto, a nova decisão do governo do Estado afeta a possibilidade de retorno das aulas presenciais. Reunidos de forma virtual na manhã deste sábado (5), os prefeitos aprovaram um novo recurso para reverter a questão.
Pelo calendário proposto pelo governo do Estado, as escolas da Educação Infantil estão autorizadas a retomar atividades presenciais a partir de terça-feira (8). A regra estabelece um período mínimo de duas semanas na bandeira laranja ou amarela. “Temos municípios interessados no retorno das aulas presenciais nas escolas particulares de Educação Infantil. Como a questão educacional está fora do modelo de cogestão, decidimos entrar com recurso. Ficamos fora da laranja por muito pouco, e seguimos com uma boa capacidade de atendimento na rede de saúde, o que nos deixa confiante no êxito”, comentou o prefeito de Pantano Grande e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo, Paulo Butzge.
No encontro, o prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo, Cassio Nunes Soares, saudou a equipe técnica da entidade, que tem sido a responsável pela produção dos recursos. “Pretendemos evitar que se atrase ainda mais o calendário da Educação na região”, concluiu.
Críticas ao modelo
Ao se manifestar na reunião virtual, o prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, afirmou que a exigência do novo modelo por um período mínimo de 14 dias na bandeira laranja ou amarela inviabiliza o processo na prática. “Com essa dança das bandeiras, dificilmente teremos atividades escolares até o final do ano. Questões como o transporte e a merenda escolar demandam organização e tempo, não tem como retomar uma semana e depois voltar atrás. Defendo que a cogestão, já em funcionamento para o setor produtivo e econômico, também seja aplicada na educação”, disse o prefeito.