Souza Cruz e JTI propõem 4,77% de reajuste aos trabalhadores
A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e o sindicatos filiados receberam as propostas feitas pelas empresas JTI e Souza Cruz, para o reajuste dos trabalhadores da indústria do tabaco. As empresas propõem o repasse integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado em outubro, em 4,77%. Outros benefícios também terão correções, que variam de acordo com cada empresa.
Após uma semana acompanhando as negociações com os sindicatos filiados à Fentifumo em Santa Catarina, o presidente da federação, Gualter Baptista Júnior confirmou a proposta formalizada pelas empresas JTI e Souza Cruz, cuja data-base de reajuste anual da categoria é no mês de novembro. “Conseguimos garantir o repasse do índice, sem ganho real, porém, com a reposição total da inflação acumulada no período”, avalia Baptista Júnior.
Segundo ele, outros benefícios como a cesta básica, auxílio odontológico e ticket ao orientador agrícola também serão reajustados, em percentuais diferentes em cada uma das empresas. “Podemos considerar como um avanço, pois mesmo em um ano de crise e de dificuldades tamanhas como está sendo o 2020, a inflação será repassada de forma integral”.
A partir de agora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul (Stifa) e os demais filiados precisam organizar suas assembleias com os trabalhadores para votação da proposta. “Uma vez homologada pela categoria, as empresas farão o repasse imediato do reajuste, já nos vencimentos de novembro”, projeta o presidente da Fentifumo.
Demais fumageiras seguem tendência do INPC
Com exceção de Souza Cruz e JTI, que têm data-base em novembro e a Philip Morris Brasil, cujo reajuste ocorre sempre a partir de janeiro, todas as demais indústrias do setor deverão garantir o repasse integral do INPC, referente ao referente ao acumulado de dezembro de 2019 a novembro de 2020. Este índice é aguardado para a primeira quinzena de dezembro. “Assim que este percentual for conhecido, haverá a proposta formal das empresas. A partir de então, os sindicatos filiados e a Federação dão segmento às assembleias para apreciação com os demais trabalhadores”, explica o presidente. “Está pendente ainda o percentual de ganho para quem trabalha à noite, e tem sobre o salário a incidência do adicional noturno. Quando este parâmetro for fechado, as empresas irão encaminhar aos sindicatos e à Fentifumo, para darmos sequência a este processo também”, destaca.