Aberta oficialmente a colheita do tabaco no Rio Grande do Sul

Autoridades e representantes da cadeia produtiva acompanharam a 6ª Abertura Oficial da Colheita do Tabaco nesta sexta-feira, 08 de novembro, em Rio Pardo (RS). Promovida pelas Secretarias de Desenvolvimento Rural e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, com o apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a programação foi realizada no Parque da Expoagro Afubra, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo.

Clair Kuhn, secretário da Agricultura / Crédito Junio Nunes

O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, saudou as lideranças que são defensores da cadeia produtiva, falando sobre a alegria por poder sediar o evento. “A abertura oficial deu reconhecimento ao setor pela importância de renda para as famílias produtoras e retorno financeiro aos municípios. Quando mais uma safra se encaminha para a colheita, é um marco para os produtores iniciarem com esperança de que o fruto do seu trabalho será reconhecido. Até o momento, é uma safra que se encaminha para ser normal em qualidade e produtividade. Mas, depois da colheita vem a comercialização e estamos ansiosos e esperançosos que tenhamos um bom preço”, comentou Drescher.

Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, agradeceu a Afubra pelo apoio e a cedência do parque para a realização do evento. “A abertura da colheita do tabaco é um evento festivo, de celebração, que destaca a importância da cadeia produtiva do tabaco, essa cultura centenária que gera renda e emprego, exporta divisas e gera tributos. É também um momento para homenagear o trabalho de homens e mulheres que geram riqueza para os municípios e o Estado, de renovar a fortaleza do nosso Sistema Integrado de Produção e, por consequência, da liderança do Brasil no mercado mundial de tabaco”, enfatizou Thesing.

O Rio Grande do Sul concentra 43% da produção de tabaco sul-brasileira que na safra 2023/2024 alcançou, na Região Sul do Brasil, 508 mil toneladas. Somente no Estado gaúcho, a atividade envolve quase 70 mil produtores, em cerca de 200 municípios. O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, trouxe informações sobre o cenário da agricultura familiar do Estado, em especial a do tabaco, mencionando números sociais e econômicos da atividade e exaltando a organização da cadeia produtiva. Ele dividiu também a preocupação do governo do Estado, em especial do SDR, para a recuperação do solo. “Estamos preparados para fazer o maior aporte de recursos para recuperação de solo, visando aumentar a produtividade, a qualidade e a renda”, comentou Covatti.

Incorporado à agenda oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, desde 2017 a abertura da colheita se tornou um evento festivo e já foi realizada em diferentes regiões produtoras de tabaco no Estado. As últimas cinco edições foram sediadas em Venâncio Aires (2017), Canguçu (2018), Arroio do Tigre (2019), Vale do Sol (2021) e São Lourenço do Sul (2022).

Clair Kuhn, secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), falou sobre os recursos voltados à irrigação que estão à disposição dos produtores. “Sei da importância da assistência técnica, seja da Emater ou das empresas do setor. Os produtores de tabaco nunca tiveram chance para pegar recursos do governo. Hoje, os produtores têm essa oportunidade. A fase 1 do projeto de irrigação teve 264 projetos aprovados e já temos outros 400 sendo analisados, inclusive de produtores desta região”, falou Kuhn, fazendo um apelo para que os produtores busquem mais informações sobre o tema e declarando aberta a colheita do tabaco no Rio Grande do Sul.

Também participaram do evento representantes da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, da Emater, bem como deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores da região.

COLHEITA SEGURA – Colheita é sinônimo de renda, mas também de saúde e segurança. É o momento de redobrar a atenção para a colheita segura, utilizando a vestimenta e observando as recomendações sobre os períodos do dia mais adequados para a tarefa. “O trabalho seguro e decente é importante para o nosso negócio e a representação dos produtores está conosco nessa missão de conscientização sobre esses temas, em uma mostra clara sobre o importante papel que o sistema integrado de produção de tabaco tem na vida de milhares de pessoas do meio rural”, reforçou Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco.

Sobre o SindiTabaco

Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br