Creme que protege da doença da folha verde do tabaco muda a rotina na fumicultura
O contato de uma fumicultura que sofria há mais de 30 anos com problemas na pele e enjoos em decorrência da colheita do tabaco até hoje emociona as jovens empreendedoras Júlia Giovanaz Nunes e Franciele Pedroso Carraro. Na mensagem direta às proprietárias da Protege Química, empresa com sede no Gauten, em Santa Cruz do Sul, a agricultora dizia que após muito tempo não precisava mais de auxílio hospitalar para curar as marcas deixadas pelo trabalho no campo. Mesmo com o passar dos anos, o curto, mas tocante relato, ainda não se perdeu na memória em meio a outros tantos feedbacks positivos recebidos pela empresa por conta do Protege, um creme considerado equipamento de proteção individual (EPI), que visa à prevenção da doença da folha verde do tabaco.
Tudo começou em 2019. E de lá até aqui, muita coisa mudou na vida das jovens, à época moradoras de Esteio, e na de milhares de fumicultores da região Sul do Brasil. Se quando tinham 18 e 17 anos, respectivamente, o caminho a percorrer era cercado de incertezas, hoje Júlia e Franciele convivem com a convicção de que tudo está no caminho certo. Isso porque, atualmente, o creme já é vendido em mais de 70 lojas agropecuárias e farmácias de toda Região Sul do Brasil. Já são mais de 3,5 mil produtos vendidos e famílias que tiveram sua rotina de colheita transformada. Somam-se a esses números, premiações nacionais e internacionais por conta do produto, bem como mais de 300 relatos coletados de forma orgânica, ou seja, sem esforço de marketing, onde produtor, por conta própria, buscou o contato da Protege para relatar o uso e agradecer pelo trabalho desenvolvido.
O Protege – O creme protetor de nicotina é um equipamento de proteção individual (CA 47844) que atua como uma barreira física e invisível na pele, barrando a entrada de nicotina no organismo do produtor de tabaco e prevenindo os incômodos relacionados com o chamado “porre do fumo” ou doença da folha verde do tabaco. O produto tem eficácia comprovada e já está sendo utilizado como estratégia de promoção de saúde pelos produtores, garantindo a ele segurança, conforto e bem-estar no campo.
Ao aplicá-lo conforme indicado, o produtor poderá colher o tabaco da forma que for mais confortável, sem necessidade de utilizar barreiras plásticas para prevenção. “Além do ganho em conforto, o produto auxilia na remoção completa das sujeiras típicas do processo de colheita, como a famosa goma/ mela do fumo, pois derrete completamente no momento da higienização. Também é um benefício o ganho em produtividade no campo, já que eliminando incômodos que podem afastar o produtor de suas atividades, este se torna mais produtivo e pode ser engajado novamente no serviço, sem necessidade de contratação de mão de obra externa”, explica Júlia, que ainda lembra de uma situação em específico. “Temos o caso de uma fumicultora em nossas redes sociais que há anos não conseguia ajudar a família na colheita e depois de conhecer o creme voltou a auxiliá-los”.
O creme ainda tem alto poder de rendimento, sendo indicado como suficiente um tubo por produtor por safra. “É um investimento único que se for dividir por número de aplicações custa menos de R$ 4,00 por aplicação. Um investimento baixo pelo retorno que oferece”, frisa Júlia.
Toda a qualidade do Protege rendeu à empresa medalha de ouro na Mostratec, maior feira de jovens cientistas da América Latina, e conquistou o título de projeto destaque da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz. Ainda como ciência, a Protege Química ganhou medalha de ouro na Expo Sciences Milset, em Dubai, nos Emirados Árabes, considerado uma das maiores feiras de jovens cientistas do mundo. “Fomos até lá defender o projeto, a cadeia produtiva e a nossa cultura nacional e regional na produção de tabaco”, destaca Franciele. Mais recentemente, as jovens empresárias ainda participaram do programa Inovativa, o maior da América Latina em apoio a startups. Nele, venceram como projeto destaque junto com outras 13 iniciativas que concorreram na seletiva que contou com mais de 1,4 mil inscrições. Ganharam também o destaque do programa Startup in Lab da Fecomércio, também entre mais de 100 projetos.
E além do reconhecimento do produtor e de renomados cientistas mundo a fora, outro grande avanço da Protege Química foi o reconhecimento da eficácia do produto por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério do Trabalho e Emprego, além da alteração recente da Normativa de Produção Integrada do Tabaco para considerar o Creme Protetor de Nicotina como alternativa de prevenção. Na visão de Franciele, o reconhecimento veio para reafirmar a qualidade do produto. “Esses protocolos contribuíram para a confiança depositada na nossa inovação. Uma inovação tecnológica enfrenta pressões diferentes de um produto convencional e todas essas certificações contribuíram para a mitigação dessa desconfiança inicial. Sobretudo a experiência prática tem sido a maior certidão de eficácia, mas todos os protocolos precisam e devem ser atendidos”, disse. A empresa também tem a patente de invenção do creme, deferida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que comprova que a invenção é mesmo algo novo e disruptivo.
Não para por aí – Depois de desenvolver o Protege, as duas sócias já planejam novidades, novamente pensando no público do agro. “Estamos em desenvolvimento e pesquisa. Entendemos que abrimos uma porta que estava fechada no mercado nacional. O mais legal de ter um bom relacionamento com os produtores é que eles mesmos já sugeriram produtos para outros cultivos. Manter essa proximidade é um diferencial e estamos atentas”, destaca Júlia.
Como contatar – Além de ter o produto em 70 lojas agropecuárias e farmácias espalhadas pela Região Sul do Brasil, interessados na compra do creme ou demais informações podem entrar em contato pelo 51 986044173 (WhatsApp) ou contato@protegequimica.com (e-mail). Mais informações também disponíveis no site www.protegequimica.com.