EMEF Glória participa da XIV Mostra Científica Verde é Vida, etapa regional, e é indicada entre as quatro Escolas finalistas à etapa Estadual

Na manhã de hoje, no parque da Expoagro AFUBRA, em Rincão Del Rei, Rio Pardo, as alunas Rafaela Luiza Goetze e Leandra Emilia Schulz, estudantes da turma do 7° Ano C, acompanhadas pela diretora Claisi Goetze da EMEF Glória, apresentaram o projeto Ervas medicinais e plantas alimentícias não- convencionais de Sinimbu e região. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo fez-se presente no evento, secretária Anita Ana Weigel Brandenburg e coordenadoras pedagógicas Daiane Inês Rech e Fátima Wink Bohnen.

O trabalho, iniciado no começo deste ano letivo, é orientado pelo professor Marcel Pabst, por meio do Grupo Ambiental, com mais de 15 participantes, tendo por objetivos: reunir bibliografia sobre o tema oriunda de fontes verificadas; registrar o máximo de espécies vegetais com o uso de câmera digital do telefone celular; identificar as espécies com o auxílio de novas tecnologias; buscar por artigos científicos sobre cada espécie; organizar a informação coletada na forma de um livreto informativo; compartilhar sem custos este informativo com a comunidade.

A Mostra contou com a participação de escolas dos municípios de Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Vale do Sol e Sinimbu, totalizando 14 trabalhos escolares. E, o projeto de Sinimbu, foi o primeiro indicado entre os quatro selecionados para a Etapa Estadual. Para a próxima fase a Escola deverá elaborar um vídeo do Projeto e através deste serão avaliados por parceiros de Universidades dos Estados de Santa Catarina e Paraná. Pois, somente um trabalho de cada Estado será selecionado para Etapa Sul-Brasileira, a ser apresentada na Expoagro/2024.

Na ocasião, todos os participantes tiveram a oportunidade de visitar a unidade de processamento de biodiesel, bem como o bosque Verde é Vida, plantado no ano de 2005, sendo uma cerejeira a árvore plantada na época pelos estudantes da EMEF Glória.

Conforme o professor Marcel, “quando começamos o projeto sobre as Ervas Medicinais nativas, nosso foco foi o do olhar extensionista. Ou seja, a construção de conhecimento de qualidade na Escola, com base em trabalhos revisados e artigos científicos, que pudéssemos compartilhar com a comunidade local”.

A ideia partiu do fato de que muitos moradores do interior ainda guardam e consultam livros e almanaques antigos que trazem informações úteis como épocas de plantio, práticas agrícolas e também, em menor quantidade, informações sobre o uso de plantas com objetivos medicinais.

Assim, os alunos se dispuseram a iniciar esta jornada de conhecimento angariando registros de espécies nativas, muitas das quais consideradas inços, mas cujo potencial medicinal ou alimentício está ricamente documentado em estudos realizados por universidades.

Com o uso de novas tecnologias e orientação para a pesquisa científica em fontes verificadas, os educandos já foram capazes de compilar 67 espécies, e esse número está aumentando. Aliada a isso, está também a noção da correta utilização destas ervas, seja na forma de chás, emplastos, tinturas, cataplasmas, etc.

“Já não consigo mais olhar para um terreno baldio ou área com mato rasteiro, sem identificar pelo menos uma erva medicinal”, afirma um estudante participante.

Os próximos passos do projeto envolvem a editoração eletrônica do material com riqueza de imagens, onde também serão adicionados casos de desambiguação entre plantas medicinais e similares tóxicas, técnicas para coleta e armazenamento das ervas e muito mais. Em seguida, será realizada a distribuição por meio eletrônico em redes sociais e, quiçá, a impressão de uma tiragem para distribuição à comunidade sem acesso à internet.

A estudante Rafaela, uma das responsáveis pela apresentação do projeto na etapa regional destaca o quanto “foi importante o envolvimento com as pesquisas feitas no decorrer das semanas, a fim de apresentar com tranquilidade o projeto no dia de hoje, estou muito contente com a nossa conquista e com o quanto estamos aprendendo, orientados pelo professor Marcel.

Já a estudante Leandra, que apresentou o projeto na manhã de hoje, juntamente com Rafaela, também está muito feliz em estar integrada a uma pesquisa indicada para a próxima etapa estadual, “pois tenho aprendido muito e quero aprender muito mais, por exemplo, há poucos dias que soube que a planta popularmente nomeada de Major Gomes (Talinum Paniculatum) tem bem mais ferro do que o conhecido espinafre. Essas descobertas fazem com que desejamos querer mais e mais sobre o assunto”, finaliza Leandra.