Sinimbu fica abaixo da meta na vacinação contra pólio

Balanço sobre a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite no Estado, encerrada sábado (21), aponta que Sinimbu alcançou cobertura vacinal de 76,35%. Ou seja, abaixo da meta de imunização do público-alvo (95%) e da média estadual (81,2%). O dado foi divulgado nesta quarta-feira (25).

1 ano

Meta: 72

Doses: 81

Cobertura: 112,5%

2 anos

Meta: 106

Doses: 71

Cobertura: 66,98%

3 anos

Meta: 105

Doses: 66

Cobertura: 62,86%

4 anos

Meta: 106

Doses: 79

Cobertura: 74,53%

Total

Meta: 389

Doses: 297

Cobertura: 76,35%

Conforme a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, o índice pode ser considerado mediano. “Nos próximos dias pode crescer um pequeno percentual, enquanto os municípios seguem registrando as doses aplicadas, mas não irá variar muito”, explica. “Infelizmente, poucos Estados atingiram a meta. Nós sabemos das dificuldades, principalmente neste momento de retorno da circulação do coronavírus. Acredito que isso tenha contribuído para que pais ou responsáveis não tenham levado as crianças para se vacinarem”, acrescenta.

Tani informa que as doses extras da vacina da pólio seguem disponíveis nos postos de saúde e casas de vacinas até dia 30 de novembro, e as doses de rotina podem ser aplicadas durante qualquer época do ano. “É fundamental todas as crianças e adolescentes manterem a caderneta de vacinação em dia”, reforça.

Pesquisa

Levantamento promovida pela Secretaria da Saúde (SES) no ano passado mostrou que as principais causas das baixas coberturas vacinais no Estado se devem ao descaso e à desinformação.

No levantamento, 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação dos filhos, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo. Mesmo que por algum motivo não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização e a consideram importante. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.

Foi constatado, ainda, que os jovens deixam de vacinar seus filhos com mais frequência por não terem convivido com certas doenças comuns em outras épocas e que desapareceram por algum tempo, mas que hoje retornam com força. O sarampo é um exemplo.